O episódio envolvendo os participantes do Big Brother Brasil 2023 McGuimê, Cara de Sapato e Dania Mendez gerou uma série de debates nas redes sociais, no tocante ao papel das marcas enquanto patrocinadoras do programa.
Na última quarta-feira (15), durante uma festa do Big Brother Brasil 2023, a participante mexicana Dania Mendez, que está em intercâmbio entre o BBB e o reality “La Casa De Los Famosos”, teria sido importunada pelos dois participantes que insistiram em ter contato físico sem o seu consentimento.
A Globo, emissora responsável pelo programa, tomou medidas imediatas e sérias para lidar com a situação, incluindo a eliminação dos participantes envolvidos no episódio. O posicionamento das marcas patrocinadoras foi de repúdio e pedido respeito às mulheres, destacando a importância do consentimento nas relações.
O Mercado Livre foi a primeira entre as patrocinadoras a se manifestar ao lado de marcas como Unilever, QuintoAndar, Nestlé, Carrefour e outras marcas, que provocaram uma onda de postagens nas redes sociais explicitando o repúdio contra o assédio, pedindo por respeito às mulheres e ressaltando que não é não.
Perguntamos à comunidade: o que você faria caso fosse uma das marcas patrocinadoras do BBB 23?
Considerando a repercussão, os membros da Comunidade “Viciados em Reality Show”, da rede Ecglobal, se manifestaram sobre a importância das marcas patrocinadoras do BBB sobre o papel ativo na prevenção e combate ao assédio sexual.
O consenso entre os participantes na comunidade é que, enquanto marca patrocinadora, fariam ações de conscientização para além do programa, reforçando que o assédio é inaceitável e que as vítimas devem ser apoiadas e ouvidas. Além disso, ofereceriam suporte e recursos para as vítimas e trabalhariam em conjunto com a produção do programa para garantir a segurança e o bem-estar de todos os participantes.
Confira as respostas em destaque:
Sobre Assédio Sexual
O assédio sexual pode ocorrer em muitos contextos diferentes, incluindo no local de trabalho, na escola, na rua e até mesmo em casa. Em muitos casos, as vítimas de assédio sexual podem ter dificuldade em denunciar o crime, seja porque se sentem envergonhadas ou porque temem represálias.
Existem várias leis e políticas que visam proteger as vítimas de assédio sexual e punir os agressores. No Brasil, a Lei nº 10.224, de 15 de maio de 2001, caracteriza o assédio sexual como crime e prevê pena de detenção de um a dois anos.
Qualquer assédio contra a mulher pode ser denunciado através do número 180, além das campanhas e grupos de apoio como o coletivo feminista Não é Não, que vem ganhando força pela defesa, proteção e cuidado das mulheres.
No entanto, é importante lembrar que a prevenção do assédio sexual é tão importante quanto a punição dos agressores. As empresas e instituições devem estabelecer políticas claras para prevenir o assédio sexual, incluindo o treinamento dos funcionários e a criação de canais seguros para a denúncia de assédio sexual.
Além disso, a sociedade como um todo precisa combater a cultura do estupro e da objetificação sexual que muitas vezes leva ao assédio sexual. É preciso educar as pessoas sobre o consentimento e o respeito mútuo, além de fornecer apoio às vítimas de assédio sexual.
Se posicionar ou não se posicionar?
Nos dias atuais, as marcas têm um papel importante na sociedade, não só como fornecedoras de produtos e serviços, mas também como defensoras de valores e posicionamentos sociais. Com a crescente conscientização sobre temas importantes, como a pauta sobre assédio sexual levantada a pouco no BBB23, as marcas estão cada vez mais sendo pressionadas a propor ações práticas que vão além das interações em redes sociais.
Os conceitos que permeiam as relações de consumo hoje se estendem para além dos produtos e serviços oferecidos pelas marcas, enquanto o consumidor dos tempos de web e redes sociais se conecta de formas mais verdadeiras e duradouras com marcas das quais compartilham dos mesmos valores. O posicionamento público acerca de temas de interesse social alcança um potencial muito maior, quando vem atrelado à prática de ações que causam impactos verdadeiros com o intuito de fazer a diferença na sociedade.
As Comunidades temáticas da rede Ecglobal promovem a conexão entre marcas e consumidores para a coleta de insights ágeis sobre o que pensam, sentem e querem da sua marca, sobretudo, em momentos como estes onde a assertividade no posicionamento e diálogo são essenciais. Afinal, a intenção é que o impacto positivo da marca ressoe para além da edição do reality show.
Assunto extremamente necessário! Não é não! E se você é contra, ou se posiciona ou é conivente!