Ecglobal apresenta dados de uma pesquisa quanti-quali, explorando a percepção pública sobre o envolvimento das marcas acerca deste tema sensível, além de insights comportamentais acerca do bem-estar.
O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de conscientização sobre a prevenção do suicídio, promovendo informações e apoio às pessoas em crises emocionais. Nos últimos anos, as empresas têm desempenhado um papel crucial ao ampliar essa causa por meio de campanhas, parcerias e conteúdo educacional, destacando a importância do diálogo aberto sobre saúde mental. Ao agir com autenticidade, as marcas não apenas têm um impacto positivo na sociedade, mas também constroem uma imagem que valoriza o bem-estar e a empatia, aspectos cada vez mais importantes para os consumidores.
A Ecglobal apresenta dados de uma pesquisa quanti-quali, com cerca de 600 pessoas, entre homens e mulheres, tendo em sua maioria 25 a 54 anos, compartilhando uma análise aprofundada da percepção dos entrevistados sobre o envolvimento das marcas nessa questão sensível, através do posicionamento ou da omissão, além de insights comportamentais acerca do bem-estar.
Overview de esperança
Conforme as vozes que emergiram da pesquisa, em nosso cenário atual, cinco em cada dez pessoas já se depararam com situações envolvendo tentativas de suicídio em seu círculo próximo. Os números revelam que 54% da população tem algum conhecido que tenha cometido ou tentado cometer suicídio, o que demonstra a extensão desse problema. No entanto, há um sinal de esperança, pois 65% das pessoas têm conhecimento sobre onde buscar ajuda em caso de pensamentos suicidas ou quando estão preocupadas com alguém que possa estar enfrentando essa situação. Isso destaca a importância de manter uma rede de apoio e recursos acessíveis para aqueles que precisam de auxílio nesses momentos difíceis.
“Hoje em dia tem essas campanhas e as pessoas estão mais ativas, empresas, etc… na época que meu irmão se foi não tinha internet com tantos dados alertando os comportamentos, fizemos o que podíamos por ele, mais infelizmente ele não suportou a separação […]” – Mulher, 50 anos, Campos dos Goytacazes, RJ
Setembro Amarelo 2023: Sem medo de falar de saúde mental
Cerca de 53% dos participantes já buscaram ajuda profissional para questões relacionadas à saúde mental. Isso indica que as pessoas estão dispostas a enfrentar suas dificuldades emocionais e buscar apoio quando necessário.
Além disso, 54% das pessoas consideram MUITO importante fazer terapia. Esse reconhecimento da terapia como uma ferramenta eficaz para aprimorar a saúde mental representa um passo significativo na direção certa. A terapia proporciona um ambiente seguro para discutir preocupações, adquirir estratégias de enfrentamento e receber o apoio necessário.
“Faço terapia há seis anos e uma das lutas é a dos pensamentos ruins como o de tentar contra a própria vida. Acho muito importante a busca por ajuda, admitir que precisamos cuidar de todas as áreas da nossa vida. Prevenção sempre, conscientização também. Mais amor e empatia.” – Mulher, 49 anos, Aracaju, SE
Outro dado relevante é que 75% das pessoas pesquisadas conhecem o CVV – Centro de Valorização à Vida. Essa organização desempenha um papel vital na prevenção do suicídio, fornecendo apoio emocional a quem precisa. O alto índice de conhecimento sobre o CVV indica que as informações sobre recursos de ajuda estão mais acessíveis à população.
Pedimos aos participantes que compartilhassem dicas e estratégias para melhorar o bem-estar mental. Atos de autocuidado e momentos a sós, aproveitando a própria companhia foram as principais recomendações. Outras categorias também foram bastante mencionadas, como religião, música, hobbies e atividades físicas.
É interessante observar que, quando se trata de falar sobre saúde mental, ainda persistem desafios em nossa sociedade. Apenas 6% das pessoas se sentem “nada confortáveis” ao discutir esse tema com pelo menos um membro da família, enquanto 45% afirmam se sentir “muito confortáveis”, apresentando no resultado uma média de 3,9. Quando se trata de amigos, a situação é semelhante, com 7% se sentindo “nada confortáveis” e 44% se sentindo “muito confortáveis”, mantendo a média de 3,9, o que reflete o fato de que a discussão sobre saúde mental ainda enfrenta barreiras, tanto com a família quanto com os amigos, apesar de alguns progressos.
Por fim, em uma avaliação com escala de 1 a 5, a média é de 3,0 quando se trata da capacidade das pessoas de identificar sinais que indiquem que alguém pode estar pensando em suicídio. No entanto, a média sobe para 3,4 quando se considera a habilidade de apoiar e orientar uma pessoa que apresenta esses sinais. Isso sugere que, embora possa ser mais desafiador reconhecer os sinais iniciais, uma vez identificados, as pessoas se sentem mais confiantes e preparadas para oferecer apoio. Essa diferença ressalta a importância de aumentar a conscientização sobre os sinais de pensamentos suicidas e capacitar as pessoas a agirem quando necessário.
Como as marcas podem contribuir para a promoção da saúde mental?
Os participantes expressaram um forte desejo de que as marcas abordem a saúde mental, no entanto, uma parcela significativa (59%) relatou nunca ter visto ou sido impactada por campanhas de marca relacionadas a esse tema nas redes sociais. Isso sinaliza uma desconexão entre a demanda do público por discussões sobre saúde mental e a presença efetiva das marcas nesse espaço.
“Na minha opinião, as marcas têm a obrigação de mostrarem a importância do cuidado mental e tentar criar estratégias que remetam a isso, seja em ações comerciais ou a produção de produtos que valorizem esse conceito.” – Homem, 43 anos, Salvador – BA
No que diz respeito às marcas associadas ao tema da saúde mental, os respondentes destacaram a Unimed com 29 menções, sugerindo uma forte associação positiva com a área de saúde mental. Além disso, marcas de cuidados pessoais e alimentação, como Natura (25), Dove (15) e Nestlé (14), também se destacam nesse contexto. Esses números evidenciam a crescente importância do autocuidado e do bem-estar emocional na mente dos consumidores.
O que se destaca nesse cenário é a diversidade de marcas mencionadas, o que reflete a complexidade do tema da saúde mental. Isso demonstra como diversas indústrias têm a oportunidade de desempenhar um papel positivo no apoio à saúde mental dos consumidores. A presença de empresas de diferentes setores interessadas em promover a saúde mental destaca a importância crescente que essa questão tem assumido na sociedade, e como as marcas estão respondendo a essa demanda ao abraçar esse compromisso.
Quando se trata do momento em que as marcas geralmente abordam questões de saúde mental, 53% das pessoas apontam que isso ocorre principalmente em setembro, enquanto 23% afirmam que veem as marcas abordando o tema ao longo de todo o ano. Esses dados revelam uma oportunidade interessante para as empresas considerarem uma abordagem mais consistente durante todo o ano em relação a questões de saúde mental. Isso não apenas atenderia à crescente conscientização sobre o tema, mas também contribuiria para manter a coerência no posicionamento das marcas, demonstrando um compromisso constante com a saúde mental dos consumidores.
Como as marcas podem contribuir para a promoção da saúde mental
Apesar da demanda expressa pelos usuários por uma maior participação das marcas nas discussões sobre saúde mental e Setembro Amarelo, a maioria teve dificuldade em citar campanhas específicas que tenham gostado. Isso destaca uma oportunidade para as marcas criarem conteúdo mais impactante e memorável neste tópico, a fim de se destacarem nas discussões sobre o tema.
As redes sociais e a saúde mental
No contexto de perfis corporativos nas redes sociais, 41% das pessoas relataram já ter seguido ou interagido com marcas ou empresas que apoiam causas relacionadas à saúde mental. Isso demonstra um interesse significativo por parte dos consumidores em marcas que se envolvem ativamente com questões de saúde mental e reflete a crescente importância desse compromisso social para as empresas.
“Quando meu filho estava no terceiro colegial a dois anos atrás, nesta época dedicaram o mês todo ao setembro amarelo, tiveram palestras com psiquiatras, psicólogos, gincanas pró-ativas, camisetas, rede de apoio, enfim foi bem válido da parte do colégio terem promovido uma ação tão importante para os alunos de várias idades.” – Mulher, 52 anos, Londrina, PR
Quando falamos de perfis com influencers, 61% dos respondentes não seguem profissionais e influenciadores que abordam temas de saúde mental nas redes sociais, o que pode sugerir que o nicho está em crescimento e ainda é pouco explorado, ou que o tema simplesmente não desperta grande interesse para essa parcela da audiência. Por outro lado, se considerarmos que 39% das pessoas seguem esses profissionais e influenciadores, é possível pensar em abrir oportunidades para que as marcas e empresas considerem parcerias estratégicas com esses influenciadores, visando alcançar um público interessado em saúde mental e promover iniciativas nessa área.
Sumário de Insights
Em resumo, os insights destacados na pesquisa revelam que as pessoas valorizam marcas e empresas que abordam o tema de saúde mental, mas, até o momento, as campanhas nesse sentido não têm sido verdadeiramente memoráveis. Além disso, é mais desafiador identificar os sinais de alguém que precisa de ajuda do que oferecer suporte efetivamente.
Uma observação importante é que o tema da saúde mental frequentemente se concentra em campanhas durante o Setembro Amarelo, embora haja um claro apelo do público para que essa discussão seja considerada ao longo do ano. As redes sociais surgem como um espaço valioso para marcas interagirem com seu público sobre essa questão.
Por fim, existe uma oportunidade significativa para parcerias com influencers e profissionais que tratam do tema da saúde mental. Isso não apenas pode ajudar a promover iniciativas nessa área, mas também criar uma base sólida de apoio e conscientização contínua sobre a saúde mental. Portanto, à medida que avançamos, as marcas e empresas têm a chance de fazer a diferença positiva no cenário da saúde mental, abraçando a oportunidade de promover conversas abertas e ações significativas.
Conheça as marcas que conquistam o coração dos brasileiros em 2023
Estar no “Top of Heart” envolve múltiplos e decisivos fatores e você terá a oportunidade de descobrir dados valiosos que fazem as marcas conquistarem um espaço especial na mente e corações dos brasileiros.
Inscreva-se no LoveBrands Summit, evento on-line e gratuito que acontece no dia 06 de outubro às 10h30, e obtenha insights valiosos do estudo e conheça de perto o poder do Net Love Score – NLS, um indicador exclusivo da Ecglobal que mede várias dimensões, como intensidade, amplitude, preferência e lealdade com a marca.
Relembre aqui as marcas que conquistaram o coração dos brasileiros em 2022.