*Por Adriana Rocha
Grandes marcas sabem que a concorrência de marcas iniciantes e startups ágeis é brutal e que esses entrantes não fazem as coisas “do jeito que sempre foram feitas”. Para essas grandes empresas, inovar é componente-chave em sua trajetória de sucesso, e suas equipes de CMI estão pressionadas a fornecer respostas rápidas que possam ajudar a crescer seus negócios.
Por outro lado, métodos tradicionais de pesquisa, que são lentos e caros, entregam percepções obtidas dos consumidores muitas vezes incompletas e limitadas ao que uma pesquisa qualitativa ou quantitativa podem oferecer. Interagir rapidamente na frente do processo de inovação leva à inteligência ágil do consumidor, chave para competir com as disruptivas startups e novas marcas que roubam ações – como aconteceu com o Dollar Shave Club, nos EUA, que identificou um nicho de mercado altamente procurado, colocou o consumidor no centro de sua estratégia, e usou ferramentas de marketing modernas para ativar esse público- alvo. Isso permitiu que eles escalassem de US$0 a US$200 milhões de receita em cinco anos, antes de ser adquirida pela Unilever por US$ 1 bilhão.
O caminho crítico para as grandes marcas inovarem, e competirem com as rápidas e emergentes startups, está em identificar e entender as suas audiências mais lucrativas, de maneira ágil, permitindo que tomem as decisões certas, centradas no consumidor, e que levarão a inovações de sucesso, ajudando no crescimento de seus negócios. Mas como a pesquisa de mercado poderá ajudar as grandes marcas a inovar e melhorar a criação de estratégias para gerar crescimento?
O Banco Itaú, maior banco e marca mais valiosa do Brasil, é um excelente exemplo. A equipe de pesquisa de mercado do banco há tempos entendeu a necessidade de atuar em ritmo de startup e vem aplicando inteligência ágil do consumidor junto ao desenvolvimento de novos produtos e processo de inovação do banco. Como recentemente apresentamos em nosso primeiro MRX Talks (São Paulo, Out/2018) , a equipe do Itaú, com a ajuda da eCGlobal, vem desenvolvendo cada vez mais pesquisas, de forma rápida e econômica, gerando insights de alta qualidade, que são rapidamente aplicados e integrados ao processo de inovação. O tempo de realização de pesquisas foi reduzido a 1/3, e insights acionáveis são entregues para as áreas de negócio do banco no prazo de 1 a 5 dias. Cláudia Furniel, Gerente de Marketing e Pesquisa de Mercado do Banco Itaú, comentou: “Os produtos e serviços são desenvolvidos em média em 15 dias, com o ‘Lab’ foi possível diminuir nossos prazos médios de 2,5 meses para até 5 dias úteis”, destaca Cláudia.
Ajudar uma empresa a ser ágil requer uma combinação de pesquisas rápidas e comunidades de insights de consumidores, com automação e big data analytics, criando verdadeiras oportunidades para as marcas integrarem inteligência do consumidor ao processo de inovação. Utilizar uma abordagem de dados conectados (fusão de pesquisa primária e dados comportamentais) torna-se primordial para o entendimento de audiências de forma rápida e acessível. Adotando essas soluções modernas de insights, grandes marcas podem acelerar o tempo de comercialização e competir de uma maneira mais inteligente, usando insights em “múltiplas camadas”, permitindo assim a criação de soluções personalizadas, com abordagens eficazes que levam a estratégias de negócio bem-sucedidas, baseadas no consumidor.
*Adriana Rocha é co-fundadora e CEO da eCGlobal Research Solutions, fornecedora líder de soluções inovadoras baseadas em mídia social e tecnologia para Consumer Insights. Com mais de 17 anos de experiência em pesquisa de marketing, palestrante em diversas conferências internacionais, Adriana é formada em Ciências da Computação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e possui MAB em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).