A Visa, uma das maiores empresas de soluções em pagamentos, lançou o estudo “The Future of Transportation: Mobility in the Age of the Megacity”, um dos maiores relatórios globais dedicados a examinar a crescente demanda de transporte público e privado e o importante papel do comércio digital no estímulo ao crescimento sustentável das cidades.
O estudo foi realizado com 19 mil pessoas, de 19 países, incluindo o Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro). As questões abordadas focaram na experiência do consumidor, levantando informações sobre meios de transporte, experiência com as viagens de ida e volta ao trabalho ou escola, as razões para não escolherem alguns meios de transporte, opiniões sobre o pagamento do transporte e diferentes inovações que poderiam impactar sua experiência de viagem.
Os resultados dos dados brasileiros nos dão pistas interessantes para entender o segmento de meios de transportes. Segundo as respostas do público brasileiro, o seu deslocamento havia aumentado nos últimos 5 anos em 53% em São Paulo e 54% no Rio de Janeiro. O uso do carro variou bastante entre as cidades pesquisadas: São Paulo (73%) foi a cidade de toda a América Latina onde as pessoas mais disseram usar o carro para ir ao trabalho ou à escola/universidade. Mas, a questão que mais ganhou importância foi sobre os meios de pagamento. Segundo o estudo, eles estão no centro de todas as formas de viagem e continuarão ganhando importância à medida que mais cidades adotarem os pagamentos por aproximação no transporte público e os pagamentos digitais em estacionamentos e serviços de locação, como bicicletas e patinetes (em São Paulo, onde 79% dos residentes dizem que isso influencia na escolha do meio de transporte).
Com base neste cenário, a Visa listou as principais tendências globais e indica cinco recomendações, que são:
1. Investir em conectividade;
2. Criar uma experiência de pagamento integrada para apoiar os usuários na qual a jornada envolva vários meios de transporte, integrar a autenticação pessoal à experiência de pagamento;
3. Desenhar sistemas de comércio considerando todos os membros da sociedade;
4. Desenvolver parcerias estratégicas para gerar novas visões.
Em outras palavras, há um mercado aberto para oportunidades de investimento em tecnologia direcionada para a inclusão social digital, com a integração de opções para a mobilidade e a implantação de pagamentos digitais. Ao mesmo tempo, abre-se um mercado para analisar todos os dados gerados nessas transações, que podem ser explorados por inteligência artificial e Big Data, oferecendo respostas sobre tendências de consumo e insights para futuros planejamentos.